A
V Bienal do Livro recebeu o escritor e jornalista mineiro
Fernando Morais, que trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de
S. Paulo e TV Cultura e que escreveu livros como “Os últimos soldados da Guerra
Fria”, “O Mago”, “Olga”, “Chatô, o Rei do Brasil”, “A Ilha”, entre outros.
O
tema abordado durante a mesa foi Jornalismo Literário, mas o escritor foi além,
relatando algumas histórias de sua vida e de suas obras. Questionado sobre a
importância da bienal para as crianças, Fernando Morais disse que a bienal está
“oferecendo uma intimidade com os livros para essas crianças, que elas talvez
não tenham em casa. Nem todo mundo tem o privilégio de ter um pai e mãe que
tenham uma estante cheia de livros em casa”.
Outra
questão levantada durante a mesa foi o problema do impresso em relação à
Internet. “Se os jornais não voltarem às grandes reportagens, correm o risco de
acabar esquecidos. Por conta da internet, a mídia impressa estará se suicidando
dessa forma.” Fernando Morais chamou atenção para o erro dos jornais atuais que
pegam um jornalista que está se destacando e o coloca como Editor, e terminam
perdendo um ótimo repórter e ganhando um editor inexperiente.
O
escritor e jornalista falou de um erro que cometeu em Olga, quando ele escreveu
que um navio transatlântico havia atracado em Paris, quando aquela cidade não
tem porto. Morais, que foi deputado por 8 anos, secretário de Cultura e
Educação de São Paulo, não se considera um biógrafo , se diz um jornalista que escreve
reportagens em forma de livro.
A
mesa redonda contou com a presença também dos jornalistas, Audálio Dantas,
patrono da mesa e Ricardo Kotscho, que já trabalhou em praticamente todos os
principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV).
Por Victor Costa Silva